quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Não Sabe Brincar Então Não Brinca

Antes de começar a escrever vamos a uma breve definição.
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Brincadeira: momento de divertimento no qual todos os envolvidos se alegram e divertem-se.

Sacanagem: atitude na qual alguém se diverte às custas da humilhação de outro.
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Há alguns dias foi notícia nacional o flagrante de cinco jovens, de classe média, agredindo um morador de rua em uma praça na cidade de Lindóia (escrevi errado não. O nome é esse mesmo). Segundo o relato o morador de rua foi espancado e amarrado junto a um poste. Quando eu fiquei sabendo dessa história logo me recordei do caso do índio pataxó, Galdino Jesus dos Santos, que foi queimado vivo enquanto dormia num ponto de ônibus, em Brasília, após ter participado das comemorações do Dia do Índio. Isso aconteceu em 1997. Foram dois eventos chocantes e de extrema covardia e desumanunidade. Agora o que me intriga mais nessas duas situações é a desculpa dos culpados: foi uma mera brincadeira...

Cara, para mim brincadeira era jogar futebol com a galera no meio da rua ou jogar pique-pega... nunca pensei em botar fogo num índio.

Pergunta: eles realmente acham que esse era o melhor argumento para se usar numa situação dessas?

É impressionante a falta de maturidade dos jovens hoje. Fazem a besteira e utilizam argumentos tão infantis e furados para se justificar. Putz! Eu usava esse argumento após sujar a roupa do meu irmão de lama! E hoje aparece um bando de moleques, que se dizem homens, e não tem o hombridade de responder por seus atos?! Um detalhe deve ser observado também: em ambos os casos os culpados eram jovens de classe média. O que faltou em casa a esses jovens para que fizessem tudo isso? Puxões de orelha...

Teve também um caso recente de jovens agredirem uns passantes na rua e, quando pegos e questionados pelo motivo da agressão, respnderam: "pensamos que fossem gays". P*ta M*rda! Então se fossem gays podia!? O que quero falar aqui é que há uma séria falta de maturidade na juventude que utiliza argumentos patéticos para justificar atos injustificáveis. Uma juventude desorientada que agride outros indivíduos por impulso e não compreendem a diferença entre brincadeira e sacanagem e que quando chegam em casa os pais, que não estam fazendo seu papel de educadores, passam a mão e repentem: "tadinho do meu filhinho".

Enfim, o que deve ser observado nesses dois casos não é o efeito (claramente brutal), mas as causas que são bem mais profundas e que demonstram quão preparada está a juventude brasileira... ainda bem que não temos bombas atômicas, pois vai que um deles vira presidente e aperta o botão.... porque achou que os outros eram gays ou, só de brincadeirinha mesmo.


3 comentários:

Thai disse...

Absurdo um grupo se divertir enquanto bate em uma outra pessoa.

Poxa, a do índio foi marcanta demais. Imaginar jovens burgueses queimando um índio vivo em uma parada de ônibus por brincadeira é de dar náusea. Uma covardia. Imagina o que pensaram: "Olha lá! Um índio!! Vamos queima-lo??" O.o

"Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
Não ser atacado por ser inocente"

Ótimo post, anjo.

Paula disse...

É impressionante como esses atos não tem punições devidas. Um outro absurdo são os trotes de calouros, e detalhe os trotes mais absurdos acontecem nas faculdades mais conceituadas e em cursos de "peso". Essas "pessoas" não sabem o que é respeito, onde começa e onde termina o direito de cada um.

Thai e Tom disse...

Verdade, Paula,

O trote hoje passou de um momento de confraternização entre os veteranos e calouros para um momento de humilhação generalizada.

Tom

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