segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quando Me Amei de Verdade: Auto-Estima

TRECHO DO TEXTO

"Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer 

  circunstância, eu estava no lugar certo, na  hora certa, no 

  momento exato. E então, pude relaxar.
 
  Hoje sei que isso tem nome… Auto-estima".





 
ERA UMA VEZ...

Não me recordo ao certo. Talvez tenha sido há mais de 10 anos, talvez menos, no entanto, lembro-me de que sempre fui um garoto tímido na infância. Não me achava inteligente, não era o mais charmoso, achava que era adotado ( acho que é complexo de filho do meio ) e não tinha muitos amigos. Houve uma época em que passava o dia deitado no quarto sem vontade para nada - O teto era meu maior companheiro. Houve uma época em que pensava muito na morte... eu estava entrando em depressão... estava cavando um buraco cada vez mais fundo. Foi quando, um ano depois, acordei e percebi o quão tolo tinha sido todo aquele tempo. Quão patética era aquela situação... quão covarde estava sendo em não enxergar as coisas da forma correta... Então eu mudei e passei a gostar mais de mim. Gostar de meus lábios grossos, meus joelhos doloridos, meu riso fácil, minha visão de mundo... Estava recuperando algo que tinha deixado embaixo da cama:
minha auto-estima...

A AUTO-ESTIMA

"Não sou capaz de mudar a direção do vento, mas posso ajustar as velas de meu barco".
- Provérbio Árabe 

A Auto-estima é, em sua significância mais rústica, o que você pensa de si mesmo. Esta intimamente ligada a outro tema desta série: o amor próprio. Na psicologia a definição do que você enxerga em si mesmo é constituído por dois componentes: a auto-imagem e a auto-estima. Enquanto a primeira tem uma característica mais descritiva, a segunda visa os aspectos mais valorativos do próprio ser. Isso significa que a auto-imagem é tudo o que você pensa de sua aparência e a auto-estima é o quão você valoriza seus pensamentos e ações.

Classifica-se comumente a auto-estima de duas formas: baixa ou alta. Nada em demasia é bom, nem uma e nem a outra, pois tendo-se em baixa auto-estima acaba-se por perder-se na depressão, enquanto que a alta auto-estima exagerada leva ao erro do egocentrismo. Enfim, com estudos da psicologia, chegou-se a uma abordagem de que as pessoas com baixa auto-estima carregam determinadas características em comum:

  • São perfeccionistas e procuram estar sempre no controle;
  • Culpar os outros por tudo;
  • Reagir de forma agressiva em razão de tudo, quase sempre dirigida à pessoa errada;
  • Ter medo de correr riscos;
  •  Não conseguir encarar os outros nos olhos;
  • Não ser capaz de manter concentração e ser um causador de problemas;
  •  Ser negativista;
  •  Freqüentemente, não dá certo em casamento, por terem se casado pelos motivos errados; 
  • Estar acima do peso e abusar de álcool ou fumo;
  • Preocupam-se demasiadamente com o que os outros pensam a seu respeito;

"Fracassar não é cair... fracassar é não levantar-se".
- Provérbio Chinês
 
 De forma geral a baixa auto-estima não é algo adquirido instantaneamente. É fruto de um processo que, na maioria dos casos, tem sua origem na infância. Crianças devem crescer sabendo que são amadas e respeitadas. Não se deve chamar a atenção delas na frente de todos e envergonhá-las. Crianças são delicadas... É nesse momento da vida que sua auto-imagem e auto-estima são formadas.


O que deve ser feito para melhorar a auto-estima?
Bem, é uma coisa bem contraditória, pois é simples e complicada. Complicado porque é algo que para ter início depende única e exclusivamente da pessoa atingida pela baixa auto-estima. Simples porque a partir do momento de que há um comprometimento do envolvido é fácil ajudar. Uma dica importante é que, de fato, quem tem baixa auto-estima está constantemente cavando um buraco cada vez mais fundo. É um pensamento cíclico e acumulativo. Esse é o principal problema e sair dele é complicado. Quem tem baixa auto-estima deve entender que seus problemas não são maiores que os meus e nem de ninguém. Todos tem problemas. A vida sem problemas é chata! Deixe de pensar no que os outros pensam de você... seja você. Não reclame que você tem poucos amigos ou acha sua voz feia... Acredite, todo problema é superável.


COMENTÁRIOS

"Posso perdoar que você fracasse uma, duas... mil vezes! Só não sou capaz de pedoar que você desista".
- Michael Jordan

Hoje estamos vivendo tempos em que a todo instante somos cobrados, seja no trabalho ou em casa, de uma forma quase agressiva. Administrar a auto-estima é algo difícil se pensarmos nesses termos. A verdadeira auto-estima consiste exatamente nisso: preocupe-se mais com o que você pensa de si. Existem problemas e não há como evitá-los... nos ajustemos a eles e vamos aprender com eles. Não desista de si... não seja covarde de desistir da preciocidade que é a vida. Tenha em mente que, ao final de sua vida, você possa ser capaz de dizer, com todas as honras e glórias:

"Posso não ter sido grande, mas garanto que lutei até o último momento. Ninguém, nem mesmo eu, pode cobrar nada de mim... eu venci a vida"...

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ficção Científica ou Realidade?

      A relação entre a ficção científica e a realidade é antiga, mas ainda assim, é surpreendente. Sou fã de carteirinha de livros e filmes do gênero de ficção científica. Adoro imaginar as mudanças que a evolução tecnológica trará a vida da população e é muito interessante fazer simulações mentais sobre o impacto social que certas experiencias podem ter. Durante uma aula de física clássica, na semana passada, meu professor relatou sobre as descobertas tecnológicas que foram idealizadas muito antes por histórias de ficção científica. A aula foi uma verdadeira viagem sobre o tema e fiquei muito empolgada com as histórias, o que resultou nesse post.

     Os autores de ficção científica e os cientistas usam como inspiração para o seu trabalho as descobertas tecnológicas já ocorridas, projetos científicos e a imaginação. A diferença entre ambos é que os cientistas estão presos as leis da natureza, já a ficção científica, como um gênero literário, se permite imaginar o que seria se pudesse fazer aquela experiência dar certo. Dependendo da história, há possibilidade sim do cenário criado pelo autor ocorrer realmente. 

      Um exemplo recente disso é o que ocorreu no mês passado. A Nike lançou o tênis que se ajusta automaticamente no pé do usuário, o mesmo idealizado no filme De volta para o futuro 2. No filme de 1989, o personagem principal se surpreende com a evolução do tênis do ano de 2015. Aposto que muitos dos leitores desejam comprar, certo? Como esperado, o problema é o custo financeiro do par. Os tênis foram vendidos por um leilão virtual com lançamento mínimo de US$ 5.500,00, quase R$ 10.000,00. Acho que vou esperar 2015, quem sabe o preço diminui e o tênis se torna mais popular, como dito no filme.
       O magnífico carro do Batman também é inspiração para pesquisas. O que ocorre é que há grupos de cientistas trabalhando com a finalidade de desenvolver um carro que não necessite de um motorista fisicamente no interior do veículo, lembra o carro do super-herói, certo? Infelizmente, ainda não há esse carro, porém, avanços tecnológicos permitiram a criação pela Valeo do Park4U Remote. O sistema permite que o motorista estacione o carro sem necessariamente estar dentro dele, para isso, o motorista usa o iPhone. Segunda a empresa, até o final desse ano o sistema estará presente em 38 modelos na Europa.


      
      No filme Minority Report, lançado em 2002, há uma cena em que o personagem interpretado pelo ator Tom Cruise controla um computador movimentando apenas as mãos no ar, sem contato direto com nenhum objeto físico. No final do ano passado a Microsoft lançou o Kinect, aparelho que permite o usuário jogar sem a necessidade de manter contato com aparelho físico. Parecido, não? Já há pesquisas avançadas desenvolvendo formas de utilizar a mesma tecnologia para controlar computadores. Lembro quando eu vi a reportagem sobre o lançamento, no ano passado, e morri de vontade de jogar, nesse ano tive a oportunidade e me divertir muito, meu jogo favorito é o de dança! Com a notícia divulgada nesses últimos dias de que o XBox 360 será fabricado no Brasil e, por esse motivo, os preços irão reduzir bastante, aproxima ainda mais essa tecnologia as nossas vidas.

      Lembra da mão biônica do Exterminador do Futuro, ela está muito mais no presente do que pensamos. Nos últimos anos houve diversos pacientes submetidos a implantação de mãos biônica controlada pelo cérebro e há diversas pesquisas aperfeiçoando a tecnologia atual. Em agosto de 2011, Chloe Holmes, 15 anos, voltou a poder utilizar a mão esquerda após implante de uma mão biônica. Antes apenas idealizada no filme, hoje ela já faz parte da vida de muitas pessoas proporcionando uma alternativa, embora ainda cara, para as pessoas que não possuem mãos.
      Há diversas outras tecnológicas idealizadas nas histórias que após muito estudo e dedicação dos cientistas, tornam-se realidade. A questão que me intriga é, qual será a próxima tecnologia a sair das histórias e chegar nas nossas vidas?
Um grande abraço, Thai Braga.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

As Religiões: Uma Introdução

COMEÇANDO A JORNADA

Desde pequeno sou fascinado por tudo que diz respeito ao transcendental. Lembro-me com 10 anos lendo sobre astrologia, religiões e seitas, sociedades secretas.... mitologia. Não é à toa que adorava Cavaleiros do Zodíaco!

É com esse texto que inicio essa série de postagens sobre um assunto que cerca a humanidade desde sua origem: as religiões. Sei que é um tema polêmico, portanto, resolvi não desenvolver - tentar, pelo menos - qualquer tipo de crítica a respeito desta ou daquela religião. Quero apenas apresentá-las em um quadro geral, de forma que o objetivo não é apontar a pior ou melhor, mesmo porque não creio que haja esse tipo de qualificação nesse tema, pois todos os caminhos levam ao mesmo resultado. Quero apenas expandir a visão que nós temos sobre o que existe e como os outros pensam. Apenas assim é possível desfazer os tantos nós de ódio e preconceito que ainda cercam esse assunto.

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AS RELIGIÕES: UMA INTRODUÇÃO

 Todos sabemos que gosto muito de definições (não é à toa que meu filósofo preferido é Sócrates). É por esse motivo que, antes de qualquer coisa, eu tive o trabalho de encontrar um significado para essa palavra para, assim, iniciar o texto sobre o assunto. Como sempre, é muito difícil encontrar uma forma de esclarecer algo com palavras em toda a sua totalidade, e não foi diferente nesse caso. Há diversas divergências sobre o assunto, mas vamos às minhas conclusões.

Há três possíveis origens para a palavra religião, mas em todas sua origem está no latim. Em uma das teorias o termo original é relegere, que significa reler. Está interpretação vem de Cícero (106 a.C a 43 a.C), que observou como as pessoas costumavam estar sempre relendo o mundo pela ótica religiosa. Outra interpretação vem de Lactâncio (séc III d.C), que depois também foi assumida por Agostinho (séc. IV d.C), de que a origem é o termo latino religere, que assume uma interpretação de reeleger o divino como algo importante ou de religar o homem com o divino. A última vem da palavra relinquere, que define algo deixado pelos antepassados, uma tradição.

As religiões estam presentes no histórico humano há muito tempo. É reconhecido por mais de uma ciência social - antropologia, sociologia, história - que uma crença em algo superior acompanha a humanidade desde as cavernas, assim como a arte e o desenvolvimento de técnicas e instrumentos. Mas não se deve confundir religiosidade e religião. Uma diferença básica entre as duas é que a religiosidade é o sentimento de que há algo além de nossa presente interpretação de mundo, enquanto que a religião está fundamentada mais numa instituição, não apenas física, mas também ideológica.

Naturalmente uma diversidade de religiões foram moldadas ao longo do tempo, cada qual carregada de preceitos instiuicionais. Uma religião é definida por seus simbolismos, hierarquia clerical, códigos de conduta, valores morais e na crença em algo superior. É basicamente isso que diferência as religiões, mas há aquilo que as aproxima, como todas terem mitos de criação do mundo e do homem e sobre o que ocorre após a morte, numa visão mais transcendental. Observa-se que as religiões são muito diferentes entre si, em seus detalhes, mas com uma carga básica de semelhanças.
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ENFIM...

As próximas postagens da série ainda contarão com mais uma ou duas explicações gerais sobre o assunto para então mergulharmos no universo individual de cada uma das religiões que ainda vou selecionar - aceito sugestões - mas, não se preocupem, pois já tenho em mente algumas. Pretendo seguir uma certa ordem nas postagens de cada religião, mas ainda não defini se será histórica, de popularidade ou outra qualquer. enfim, ficamos por aqui...


... até mais e um abraço!



quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Brasil, Um País do Futuro?

      Desde muito nova escuto essa afirmação. Brasil é um dos países que se encontra no chamado BRIC, composto por países emergentes com grande potencial de crescimento. Analisando a evolução como um todo no nosso país nas últimas décadas, há uma resposta positiva em vários setores, porém, ainda há uma ausência de base para suportar esse crescimento. Entre diversos fatores que devem ser trabalhados com maior dedicação em um futuro próximo, o que mais me preocupa é a educação.
     Com o crescimento industrial e tecnológico que já está ocorrendo, há necessidade de mão de obra adequada para o mercado de trabalho e pesquisas científicas. Claro que houve mudanças. Hoje, por exemplo, é muito mais fácil conseguir se formar do que há uma década, porém, qual a qualidade desse ensino? Para começar, analisaremos o ensino apresentado para as nossas crianças e adolescentes. Em 2009, segundo o IBGE ( Institudo Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de  86,9% dos estudantes com 4 anos ou mais cursam o ensino básico na rede pública, isso representa cerca de quase 31 milhões de pessoas, logo,  mais de 3/4 dos estudantes brasileiros dependem diretamente do ensino público.
     Sabe-se que a rede pública de ensino enfrenta diversos problemas, entre eles, má infra-estrutura, desvalorização salarial, dificuldade burocrática em conseguir recursos financeiros para investimento nos colégios e, até mesmo, desrespeito e insegurança nas escolas. Cada dificuldade dessa afeta de forma negativa a qualidade do ensino desses estudantes.
      Particularmente, sempre estudei e estudo na rede pública, embora ainda nova, sempre percebi que o ensino cobrado e apresentado em sala de aula era pouco quando comparado a minha capacidade de aprender. Tive aulas com professores ótimos que muito me ajudaram a passar no vestibular, porém, tive aula também com professores desmotivados que não viam necessidade de se atualizar em relação a própria matéria e cobrar dos alunos que aprendessem. Como estudante de uma rede pública da periferia do Distrito Federal, ouvi de colegas de classe, durante o meu ensino médio, que não havia necessidade nenhuma de estudar, pois, quando se formassem, iriam trabalhar, e pouco importava se eles sabiam resolver uma equação do segundo grau, ou não. Infelizmente, não são todos os estudantes que correm atrás do ensino de qualidade por conta própria, a maioria se acomoda e até demonstram satisfação quando não há obrigação de estudar para conseguir o diploma vendo supletivos como vantajosos, formas de conseguir um diploma em pouco tempo, sem necessidade de muito esforço.
     Quando analisamos os dados do ensino superior brasileiro, percebemos uma mudança drástica. A grande maioria, cerca de 76,3% dos estudantes do ensino superior, segundo IBGE-2009, está cursando em faculdades particulares. Embora o número de formandos no ensino superior tenha aumentado muito, a qualidade, em média, de ensino ainda está baixa. A poucas faculdades que priorizam a qualidade, e a  maioria dessas, possuem preços altos. Para a maioria dos estudantes que não conseguem entrar na universidade pública e não possuem renda suficiente para pagar uma boa faculdade particular, acabam optando por cursar o ensino superior em uma faculdade mais barata, porém, com ensino mais fraco. O meu irmão que também foi de colégios públicos, não teve o mesmo empenho em estudar no colegial. Como a maioria dos meus colegas, sempre pensou que não haveria consequências sérias em não estudar quando criança, e ao chegar ao ensino médio, constatou uma grande dificuldade em acompanhar ensino apresentado devido a falta de conhecimentos básicos do ensino fundamental. Por fim, com atraso, ele concluiu o ensino médio e entrou em uma faculdade particular que cabia no bolso dele. Nesse semestre ele irá formar, porém, já declarou que não irá trabalhar na área porque não se sente preparado. Disse-me, em uma conversa informal, que pouco aprendeu na faculdade e não domina o suficiente para buscar emprego na área dele, de tecnologia. A faculdade em questão, embora apresente mensalidades baixas, foi obrigada pelo MEC à não abrir mais vagas por ter apresentado média inferior a 2 pontos no exame ICG ( Índice Geral de Curso), por três anos consecutivos. O complicado é que faculdades com baixa qualidade e baixos preços são comuns, e casos semelhantes ao dele também, o que faz aumentar a quantidade de formados no país, porém, diminuir a qualidade deles.
      O impacto negativo desse ensino no país afeta diversas áreas. É evidente que há inúmeras pessoas que fazem da oportunidade de estudar em uma faculdade, mesmo que esta não seja muito qualificada, uma ótima qualificação para o mercado de trabalho, mas infelizmente, esses estudantes são a minoria.
      Com todos esses fatos, o que me preocupa é a ausência cada vez maior de mão de obra qualificada para empregos ligados especialmente nas áreas tecnológicas. Um país com potencial para crescer que já está se desenvolvendo, precisa contratar estrangeiros para trabalhar no país, mesmo com tantos brasileiros precisando de empregos. Um país é formado pela massa pensante, pelos trabalhadores, pelos grandes grupos sociais. Esta é a base do Brasil. Não há como sustentar um grande país sem investimentos na sua base. O que me entristece é que essa situação está na frente de todos, não precisa procurar muito para perceber isso, porém, ainda não vejo a preocupação do país como um todo, governo e população, resultando em atitudes efetivas. Particularmente, torço muito por esse país que possui a maioria da sua população composta por pessoas humildes, alegres e trabalhadoras e confio no potencial do mesmo, mas acredito que não é suficiente esperar que o Brasil seja um país do futuro, é preciso fazer o Brasil ser um país do futuro. 
- Thai Braga

fontes: Dados do IBGE 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Lenda Dos Guardiões: O Filme

"Em busca de uma lenda, ele tornou-se uma..."


É uma produção de animação gráfica. No cinema foi lançado também com uma versão em 3D.

A história é bem divertida para aqueles que ficam entusiasmados com histórias de aventura de cunho épico. Passa-se numa mundo onde uma determinada raça de corujas se auto designam supeirores e detentores dos direitos de mandar nas demais. Se auto denominam de Puros. Assim sendo, Uma coruja e seu irmão são pegos como escravos pelos puros e a medida que passam um tempo por lá seus caráter vão se moldando. Enquanto uma se envereda para o lado da arrogância dos puros o outro acredita nas antigas lendas e vai em busca dos únicos capazes de ajudá-los: os Guardiões.

Trás uma série de diálogos repletos de um significado além do que é esperado para uma animação dita como infantil/ juvenil. Dentro das conversas entre as corujas observa-se uma preocupação com a verdade, as consequências da traição e dos laços de amizade, o que deve ser considerado honra, as facetas da morte, a verdade por trás dos contas heróicos sobre a guerra (que não mostram a bestialidade da guerra) e, claro, não pode faltar o mote principal das histórias de aventura e heroísmo: a eterna batalha entre o bem e o mal. É possível até mesmo encontrar dentro do filme críticas sobre o preconceito e um pouco sobre a idéia de "super-humanos" que Hitler divulgava tão avidamente. Possui ótimas paisagens virtuais e, se não for vê-lo pela história, vale pela arte visual.

Mesmo com um enredo inocente é uma história bonita e agradável de se ver, em especial com os filhos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reflexão

        Como muitos sabem, ando com problemas para manter o blog atualizado. Confesso que adoro esse espaço, principalmente porque escrever e comentar em posts de outros blogs faz com que eu reflita sobre temas diversos e ajuda a conhecer outras pessoas, cada um com sua forma de escrita, seus temas prediletos e sua forma de pensar.
       Inicialmente, andei tendo dificuldades com horários. Estou na fase de graduação, e como muitos sabem, não é nada simples. A faculdade me cansa, rouba minhas noites e tempos livres e, quando consigo um tempo para escrever, quem disse que consigo?
       Ah, para ser mais sincera, escrever escrever eu consigo, o problema é que sou um pouco crítica quando a autora sou eu e acabo apagando os posts logo após digitá-los, ás vezes, antes mesmo de concluir. Então, visito blogs parceiros, vejo textos excelentes, assuntos que tenho o que dizer, mas, quando volto a digitar um post, torno a apagar em seguida.
       Buscando temas, fico pulando de assunto em assunto, colecionando títulos de posts na minha caixa de rascunhos e ocasionando em uma desatualização cada vez menor. Talvez você pense: "Não está conseguindo escrever? Então, não escreva", mas não é tão simples, o blog é uma ferramenta interessante, como dito anteriormente, para manter as nossas mentes abertas para assuntos diferentes do nosso cotidiano e acredito que é uma ferramenta que me faz sentir melhor. Encontro por aqui pessoas que querem debater sobre política, literatura, filmes, tecnologia, psicologia, entre outros, assuntos que não são debatidos com frequencia no meu dia a dia offline.
       Então, se quero escrever e considero o Clave de Lua um blog capaz de me proporcionar conhecimento e reflexão através de posts de minha autoria e de outros, então, por que não escrevo?
       Acredito que essa compulsão em apagar posts antes de publicá-los seja devido a expectativa pessoal e cobrança de agradar os leitores e, nesse ponto, acaba perdendo todo o sentido de ter feito o Clave com o Tom, já que a idéia inicial era fazer um blog nosso onde compartilhariamos assuntos que quisermos e quando quisermos. Refletindo sobre esses fatos cheguei a conclusão de que não apagarei mais posts, mesmo que eu os considere não tão bons, afinal, caso alguém não goste dos textos, há sempre a possibilidade de não lê-los. Em resumo, pretendo escrever mais no Clave, porém, sem tanta preocupação. Caso possuem sugestões, dicas, comentários construtivos, esses serão sempre bem-vindos em qualquer post. 
Um grande abraço, Thai Braga.


sábado, 17 de setembro de 2011

Quando Me Amei de Verdade: O Texto

- Charles Chaplin/ Kim McMillen
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome…Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é…Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de… Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é… Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável… Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama… Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei menos vezes.
Hoje descobri a… Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é…Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é… Saber viver!!!
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Não é de nosso costume, meu e da Thai, colocarmos textos de outras pessoas aqui, mas é que li este numa copiadora, a folha estava pendurada na parede, enquanto esperava meu projeto ser impresso e, poxa, eu realmente fiquei mais animado depois de lê-lo e queria compartilhá-lo com vocês.

Tive a idéia de colocá-lo como introdução e basear-me nele para escrever uma série de textos com temáticas relacionadas a ele. Pois bem, este é o texto introdutório dessa série Quando Me Amei de Verdade...


Abraços!


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Amor Infinito

Sem saber como explicar 
como sou feliz contigo.
Amor esse que é  maior 
que o próprio infinito.

Mais que meu homem, tu és
o meu melhor amigo.
E nos seus braços, o luar
consegue um novo brilho.

O tempo parece escasso,
muito pouco quando penso 
em passá-lo todo contigo.

E a vida parece insuficiente
para viver todo esse amor
que é muito maior que o infinito.

Soneto dedicado ao Tomáz Rodrigues,
Ass: Thaiane Braga

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Feminismo

Tem uns dias atrás estava vendo um documentário (sim, eu passo meu tempo vendo documentários...) sobre o movimento feminista. Achei muito legal o programa, de forma que resolvi escrever sobre isto aqui. Mas para escrever tive que fazer algumas pesquisas sobre o tema e acabei achando isto aqui.
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A MARCHA DAS VADIAS

Um grupo de cerca de 20 mulheres deu início, de forma tímida, à Marcha das Vadias, na tarde deste sábado na praia de Copacabana, na zona sul do Rio. O ato faz parte de um movimento mundial para denunciar a violência sexual contra mulheres. O grupo vai seguir até o Leme e depois retorna até a rua Hilário de Gouveia, onde funciona a Delegacia de Copacabana (12ª DP).
Com cartazes e faixas com frases de protesto, o grupo, formado em sua maioria por integrantes de entidades feministas, começou a marcha ao lado do posto 4 e ganhou a adesão de turistas e pedestres curiosos.
Uma das reivindicações é que o Estado do Rio tenha uma política específica de proteção a mulher, além da descriminalização do aborto. Segundo Nataraj Trinta, de 28 anos, o Rio não dispõe de uma boa rede de proteção para a população feminina vítima de violência sexual.
- Todos os dias, dez mulheres são estupradas no Estado do Rio e a maioria tem menos de 14 anos.
Nataraj explica que a Marcha das Vadias começou em Toronto, no Canadá, motivada pelos comentários de um policial durante uma palestra sobre violência sexual em que ele afirmou que, para evitar serem vítimas desse tipo de crime, as mulheres deveriam evitar se vestir "como vadias". Desde então, o ato já aconteceu em diversas cidades da Europa e do Brasil.
A expectativa é que o grupo se encontre com outro movimento, o dos bombeiros, que neste sábado fizeram um ato em Copacabana para agradecer  apoio da população e aos parlamentares que conseguiram a anistia civil e criminal aos 429 presos no episódio da ocupação do Quartel Central.



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A primeira impressão que tive quando li o título foi de que não tinham escolhido um bom nome... depois de ler a reportagem toda é que entende-se a ironia.

Mas é preocupante saber que existem pessoas com um pensamento destes. Mesmo que seja um argumento que possa explicar, não é justificável. Enfim, o que quero destacar é que ainda há movimentos de cunho feminista...

O feminismo surgiu nas décadas finais do Século XIX e no início do século seguinte. Tinha, inicialmente, o proposta de defender o direito da mulher ao voto. Tempos depois outras ondas do mesmo movimento chegaram com a famosa idéia de dar direitos iguais, tanto trabalhistas quanto sociais, para homens e mulheres. Mas não venho falar de história, deixo isso para o Leandro, e sim sobre o que achei interessante no documentário.

A palavra feminismo foi cunhada numa época onde imperava o extremo machismo.Revelava-se um certo respeito pelo movimento, no entanto, o que se vê hoje é um certa repúdia pelo termo. Quem não escuta esta palavra e logo pensa em um monte de mulheres numa praça queimando seus sutiãs e reivindicando por direitos? Faça um teste, diga que você é feminista e, muito provavelmente, caso seja mulher, as pessoas vão olhar para você e pensarão imediatamente que você é uma pessoa radical, mal amada e, até mesmo, lésbica. A palavra que simbolizou um movimento de libertação (parcial) da mulher é, hoje, um sinônimo de extremismo feminimo anti tudo que e masculino e considerado como normal. Diz-se que feministas não se casam para não viverem sob o julgo do homem...

E é uma visão distorcida do fato. Há esta estigma sobre os movimentos feministas e sobre as mulheres com ânsia por melhores direitos. Gerou-se um pensamento generalizado sobre um arquétipo da feminista, fruto da luta assídua do passado, que não corresponde, pelo menos em sua totalidade, ao que se vive hoje.

A mulher conquistou um espaço importante e continuará a avançar no que diz respeito a adquirir melhores direitos de igualdade e a sociedade, incluindo as prórpias mulheres, devem parar de desvirtuar a imagem deste movimento com vislumbres de um época que já passou.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Namore uma garota que lê

     Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais.
     Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.
     Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.
     Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.
     Compre para ela outra xícara de café. Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.
     É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.
     É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
    Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.
     Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.
     Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.
     Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto.
     Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.
     Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.
     Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito.
     Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
     Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

     Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.

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Texto original: Date a girl who reads – Rosemary Urquico
Tradução e adaptação – Gabriela Ventura
Link: Blog Malvadas
Lindo texto, né?

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