Mostrando postagens com marcador história. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador história. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Contando Histórias IV

 - Por Leandro da Silva Moraes

De um modo geral, as pessoas em todo o mundo optam por viver em um universo urbano. Sem dúvida, tal modo de pensar acarreta vários custos de oportunidade em vários âmbitos como poluição, agressões diversas a fauna/ flora e maiores condições endêmicas em um meio fortemente aglomerado. Todavia, apesar desse “trade – off”, a concentração de pessoas, firmas e processos produtivos torna – se notável para obtenção de benefícios, frente a economias externas. Como é o caso do Vale do Silício na Califórnia e/ou a região do grande ABC em São Paulo.

Essa aglomeração está intimamente interligada com características de economia de escala, haja visto sua competência de diluição do custo fixo de produtos, ou seja, quanto maior o tamanho da atividade realizada naquele determinado espaço geográfico, menor é o preço da unidade produzida. Tal pensamento concorda com o texto no trecho “Economies of scale arise when an increase in the scale of activity reduces the long – run cost per unit of output produced”.[1]  

 ABC Paulista (à esquerda) e o Vale do Sicílio (à direita)

Outros benefícios interessantes provenientes da aglomeração foram explicitados por Stuart S. Rosenthal e William C. Strange como sendo: Imput Sharing, Labor Market Pooling e Knowledge Spillovers. Imput Sharing é um benefício proveniente da concentração de firmas, onde as empresas de produtos intermediários se fixam perto de indústrias de bens finais, a fim de se promoverem nas relações de produção final e intermediária. Labor Market pooling é outro benefício conseqüente dos clusters industriais, pois tal “opportunity” reduz os custos de procura de mão de obra qualificada pela proximidade física otimizada das empresas. E o último conceito – knowledge spillovers – refere – se ao aprendizado notável que as firmas podem possuir pela sua proximidade, favorecendo inovações e trocas de experiências proveitosas.

Essas economias de localização supracitadas também relacionam – se com economia de urbanização, onde o tamanho da cidade traz diversidade para produção, bem como a proximidade entre as cidades também influenciam no labor e nos benefícios de suas externalidades positivas, como bem destacou Gilles Duranton no trecho “Cities attract not Just the bright and knowledgeable, but also the bold, unconventional, innovative, and ambitious[2] .




[1] Richard J. Arnott and Daniel P. McMillen. A Companion to Urban Economics. U.S.A: Blackwell Publishing, 2008. P.09.  

[2] Richard J. Arnott and Daniel P. McMillen. A Companion to Urban Economics. U.S.A: Blackwell Publishing, 2008. P.37.

terça-feira, 29 de março de 2011

Contando Histórias III

Olá pessoal! O texto a seguir é uma resenha feita pelo Leandro  da Silva Moraes, nosso convidado para assuntos históricos, sobre - Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004.

Abraços

Tom
__________________________________________________________
Por Leandro da Silva Moraes

Ana Luiza Backes tem doutorado em ciências políticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e é assessora técnica da câmara dos deputados[1].

                        O tema do texto se concentra nas dificuldades enfrentadas pela nova República brasileira juntamente com o presidente Campo Sales[2] em se estabelecer frente a uma certa instabilidade política causada fortemente pela heterogeneidade de pensamentos partidários – concentrados e republicanos legalistas -, por uma fragilidade econômica e por falta de credibilidade internacional.

                        A autora coloca como problemática no seu texto, uma tensão existente no Brasil no final do século XIX e no início do século XX, no que tange a possibilidade de criação de um estado forte nos moldes republicanos que conseguisse abarcar e não ser relevantemente depreciado pelas relações de poderes individuais que ocorriam no solo brasileiro, trazendo muitas vezes um enfraquecimento sucessivo da figura presidencialista e um fortalecimento do velho parlamentarismo da época do império, onde podemos ver várias vezes a interferência do executivo no legislativo. Ou seja, como ter estabilidade política, nas finanças e socialmente, frente a uma gama de interesses singulares que de muito abalavam as estruturas daquele novo regime de governo republicano/ presidencialista e por conseqüência mostrar uma confiabilidade para incentivar investimentos de investidores estrangeiros e trazer respeitabilidade nas relações internacionais do Brasil? Tal reflexão conversa com a passagem a seguir Esta questão terá grande importância na construção do pacto de consolidação da república:

Percebe-se nitidamente uma pressão internacional para o funcionamento da economia internacional para um funcionamento da economia brasileira segundo padrões confiáveis, bem como a resistência de um pequeno grupo. Campo Sales precisa mostrar que pode cumprir com as exigências dos credores internacionais, especialmente deve provar que controla o congresso nacional, tendo capacidade de implementar determinadas mudanças.[3]

                        Campo Sales na tentativa de obter maioria de partidários nos jogos políticos do Brasil república, faz uma quantidade perceptível de concessões. Dentre elas podemos ter como relevantes cortes no orçamento, aprovação de muitas reformas e aumento de impostos. Sua tentativa de ter apoio das duas maiores facções políticas, ou seja, dos concentrados e dos republicanos estava interelacionada com as expectativas de futuro num âmbito regional e globalizante/nacional. Todavia, uma forte oposição entre tais grupos políticos era preocupante para o governo, então, foi planejado um plano que foi denominado de “reforma do regimento” promulgada em 1889 com apoio de Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Pernambuco, modificando as normas de reconhecimento dos deputados. Segundo a autora, tal reforma se constituía de dois pontos fundamentais que perpassaram mudanças nos critérios de escolha do presidente das sessões preparatórias[4] e do critério no reconhecimento dos diplomas.[5] Devemos ver a razão dessa medida dentre outros fatores o enorme problema do governo em ter muitas vezes os dirigentes do estado que não controlavam suas próprias bancadas, sendo submetido dependendo da força daquela região a interesses de outras classes, como a dos cafeicultores de São Paulo e não estadualizando suas representações políticas. Mas, não podemos ver tais medidas com o objetivo de desnacionalizar as forças políticas brasileiras, pois esse aumento gradual da autonomia não elimina uma certa intenção de trazer uma unidade de estado.

            Outra discussão importante que foi mencionada pela autora no texto corresponde ao processo de transição entre o império a república, onde conseguimos, por exemplo, perceber diversos problemas que mesmo com a simbólica “proclamação da república”, temos ainda dificuldades como a administração das ditas “periferias”, as relações conflitantes entre poder local e poder central, a verticalização da ordem política/ social e a forte interferência do executivo na ordem legislativa. Tais problemas vão aos poucos sendo pensados pelo novo governo e alguns deles vão sendo melhorados como a solução de regionalização da representação, garantindo a solidariedade das bancadas estaduais com o poder central.[6] Também é importante a grande política pública para centralizar o estado, onde havia vários poderes regionais que muitas vezes interferiam nessa grande política pública, então, começa – se a tratar de uma “estadualização” das polis, em que foi possível a coexistência mais estruturada entre o público e o privado em uma integração que era também nacionalizante, evolvendo as relações entre o executivo e legislativo. Este novo regime de pensamento vai dando espaço a mandonismos locais, como o coronelismo que caracteriza – se como a reciprocidade entre o poder central e o local, onde muitas vezes entra sistemas clientelares[7]. Todavia, essa relação de economia moral traz algumas conseqüências como “O acordo regionaliza a geração dos atores legítimos, mas deixa o executivo à condução do legislativo nacional. O ponto fulcral do sistema é reproduzir o governismo, o apoio do legislativo.”[8]

                        Ana Luiza enfatiza as peculiaridades do sistema republicano brasileiro, como a difícil relação entre o público e o privado, o republicanismo paulista que muito se diferenciava de outras representações políticas/ sociais desse sistema de governo com o republicanismo gaúcho que tinha um maior tom positivista.
                        Assumindo a presidência da república em 1898, Campo Sales mostra no decorrer de seu mandato características diferentes de Prudente de Morais, onde podemos perceber seu certo distanciamento de grupos monarquistas, atraindo boa parte dos opositores de Prudente, diminuindo a polarização do congresso nacional[9] entre “concentrados” e “republicanos paulistas”. Sua gestão se relaciona fortemente com os ideais do PRF, ou seja, uma defesa notável da constituição de 1891, bem como do federalismo e do presidencialismo.  Outra intenção do governo republicano era tentar trazer confiabilidade para sua moeda, pois para a mesma se constituir como reserva de valor, meio de troca eficiente e unidade de conta, ela deveria ter uma instabilidade que estava sendo difícil de se pensar, pois a demanda no Brasil estava alta e por conseqüência os preços dos produtos também subiam, então a fidúcia[10] - característica fundamental para investimentos estrangeiros – estava insatisfatória, então, seria fundamentalmente importante uma medida governamental de austeridade econômica, opondo – se a política emissionistas[11], onde muito desvalorizaria a moeda brasileira. Esses impasses econômicos podem ser evidenciados no fechamento do congresso em 1891 e o contra – golpe de deposição do marechal Deodoro[12]. Esses diversos interesses que tinham pontos em comum fizerem da república um estado, mesmo que pluralizante ao mesmo tempo gerava com o modelo agroexportador e com as necessidades de matéria prima, mão de obra barata e mercado consumidor um imaginário de cumplicidade. Tal idéia pode ser vista no trecho a seguir:

(...)- nem a defesa do café equivale a uma oposição ideológica de ruptura, de evolução para uma posição “intervencionista”, nem a defesa da ortodoxia fiscal e da austeridade financeira implica necessariamente um apego ao laissez – faire. A defesa da absoluta centralidade da questão financeira, o profundo comprometimento com o reerguimento do crédito e com o saneamento financeiro eram pontos que proximavam os positivistas e os outros líderes republicanos dos paulistas.[13]

                        Creio que a autora juntamente com José Murilo de Carvalho mostrou uma república que não é simplesmente homogênea, bem como “República do café com leite” ou “República dos coronéis”, mas por outro lado, esclarece um modelo historiográfico que de muito mostra a complexidade e o sentido pluralizante da história republicana como a roupagem que agregasse as muitas expectativas de futuro distintas do final do século XIX e início do XX no Brasil. Tal idéia conversa com José Murilo de Carvalho no trecho “A solução mais comum foi de simplesmente definir o público como a soma dos direitos individuais, como na famosa fórmula de Mandeville: Vícios privados, virtude pública.”[14]

                        Por mais que existisse regionalismos fortes, o sentido de um Brasil, como conhecemos estava sendo construído, ou seja, essa identidade está repleta de historicidade e peculiaridades que foram sendo adicionadas ao longo de décadas. Essa república federativa do Brasil de hoje é produto de uma república brasileira de 1889.
________________________________________________________
NOTAS

[2] Representante forte dos interesses do partido republicano paulista.
[3] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 106.
[4] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 109.
[5] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 109.

[6] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 125.

[7] O presidente concede benefícios ao coronel e o mesmo segue com medidas que interessa a ordem daquele respectivo presidente.

[8] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 128.

[9] Esse apoio também está ligado com a recuperação do meio simbólico do modelo modernizador dos ditos “propagandistas”.
[10] Confiabilidade da moeda brasileira.

[11] Dentre várias características estavam as muitas discussões sobre até que ponto o estado poderia interferir na economia, gerando divergências políticas entre liberais e conservadores.

[12] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 175.

[13] Backes, Ana Luiza Parte. Parte III – O pacto, cap 4: o desafio de campo Sales – construir maioria em um congresso dividido. In Backes, A. L. In Fundamentos da Ordem Republicana repensando o Pacto de Campo Sales. Porto Alegre: UFRS, 2004. P. 175.

[14] A Formação das Almas. O Imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. 16. reimpressão, 2006. P.18 – 19.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Contando Histórias II

Análise comparativa sobre as propagandas varguistas e peronistas, considerando seu conteúdo e seu destinatário:


- Por Leandro Moraes da Silva


A propaganda foi um elemento fundamental para estruturação política tanto no governo Vargas quando no estado peronista, pois foi por meio deles que políticas públicas de cunho centralista foram naturalizadas, existindo uma construção de imaginário que trazia uma identidade nacionalista e trabalhista para a população.

Dentro de uma lógica diferenciada de representar o meio civil, onde transitava-se de um ideal essencialmente individualista/ liberalista para um pluralista/ protecionista, emergia a imagem do cidadão/ trabalhador, visto cada vez mais como membro socialmente útil do estado se construindo nas intensas propagandas estatais desses dois governos.

A constante propagação da importância do trabalhador para o Brasil e Argentina era motivada por uma imensa intenção do estado em formar uma mão de obra qualificada e forte, preparada para o desenvolvimentismo do país. O trabalho, antes elucidado como uma ação de pouca dignidade interligada com o modelo escravista, agora era um elemento fundamental para a “emancipação da personalidade”, valorizando o homem e o proporcionando respeito e dignidade.

 Temos vários usos simbólicos nas propagandas. No Brasil, a figura de Vargas e a bandeira brasileira foram emblemas bastante utilizados no período do estado novo (1937 – 1945), sempre co-elacionados com os valores essenciais de ordem com “pitadas” de liberdade. Na Argentina, não obstante, a grande figura de Perón e de Eva estava sempre nos céus, onde em baixo das imagens existia trens, carros e outros bens que mostravam as inovações, ou seja, um país desenvolvido. Nas figuras ficavam os trabalhadores com macacões sempre ao lado de tratores e inchadas, demonstrando felicidade com sorrisos a comprimentos. Todavia, devemos fazer algumas diferenciações entre os sistemas de propaganda desses dois governos, pois apesar do DIP¹ ser bem parecido com o SII² em sua estruturação, havia ideologias diferentemente marcantes entre elas, enquanto Vargas promovia relações políticas entre várias parcelas da sociedade indo desde a igreja até a burguesia industrial, não havia muita preocupação e/ou importância com as mobilizações de massas, até porque foi instaurado um golpe militar instaurado a partir de apoio de setores dominantes e das forças armadas. Diferentemente, Perón apesar de ter apoio de boa parte dos militares, com sua política de justiça social, se preocupava bastante com as movimentações das massas argentinas. Enquanto Vargas foi “mãe dos ricos e pai dos pobres”, Perón foi “Pai e amigo dos pobres ³ ".

O Justicialismo de Perón tentava trazer uma terceira opção ao capitalismo e ao comunismo. Era uma justiça impregnada de simbolismo ligada a “solidariedade, educação, confiança, patriotismo, liberdade, paz, cultura, bem – estar, progresso e igualdade”. Vargas também possuiu muito desses valores, porém, com mais moderação.

 Péron e sua mulher

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Contando Histórias I

Uma História sobre o Período do Estado novo no Brasil (1937 - 1945)

- Por Leandro Moraes da Silva

No Estado Novo, a legislação trabalhista esteve com notável expressão em 1943, quando Getúlio Vargas sanciona a CLT, unificando todas as leis trabalhistas no Brasil e proporcionando várias vantagens ao trabalhador e ao plano nacional de industrialização no país, com concessões como carteira de trabalho, jornada de trabalho, período de descanso, férias e proteção do trabalho da mulher.
 
Devemos entender que a crise de 1929 trouxe bastante desequilíbrio no modelo liberal, provocando na América latina um declínio no modelo agroexportador. Governos conservadores e protecionistas surgem, não obstante, no Brasil. Vargas traz uma política de queima do café para estabilizar a economia/ oferta e procura diversificar a economia com um projeto de industrialização do país. Mas esse projeto esbarra em vários problemas, um deles pode ser a pouca mão de obra qualificada existente, sendo preciso estruturar essa engrenagem fundamental para esse estado varguista, bem como leis trabalhistas que regulam as negociações entre empregado e empregador.
                         
A cidadania está ligada ao modelo da social democracia que é produto de um período histórico após a crise de 1929, onde se está repensando a grande liberdade de produção promovida por estados liberais. Tal molde prioriza a proteção social ao individualismo, ou seja, o plural ao individual. É interessante proporcionar educação, segurança, trabalhos, saúde dentre outros para um bem comum, bem como o estado interfere consideravelmente na economia. No governo de Vargas temos o direcionamento para com um protecionismo econômico, em que se criam empresas estatais, prioriza - se a dádiva do trabalho, leis trabalhistas, construindo uma cidadania mais pluralizante e limitada, comparada aos outros modelos.
                        
 Dentro de um imenso estado que incentiva o trabalhador brasileiro, a figura de Vargas sempre é associada a tal imaginário, ele é o homem que, mas trabalha nessa lógica, o presidente que jamais descansa e está trabalhando constantemente para o bem do país e do “trabalhador brasileiro”.
                        
É um ideal de nação que não deveria ser comunista, pois o golpe do estado novo viria para livrar o Brasil dessa “praga da URSS” e também não capitalista/ liberal, vide a desgraça da crise de 1929. É uma nação rumo ao progresso que só poderá ser alcançado pelo trabalho duro de todos. Tal idéia conversa com o trecho a seguir:

"O estado novo é uma colméia de trabalho, de ordem, de disciplina, de ação orientada e segura, de modo que cada indivíduo é força em movimento, defensor dos interesses de uma sociedade virtualmente nova em suas finalidades e decisivamente capaz em seus esforços" ¹.

 

Integrar esse modelo significa vários valores que precisam formar o cidadão brasileiro, ou seja, aquele que produz riquezas/ trabalhador economicamente ativo, aquele que tem carteira de trabalho/ ativo juridicamente e aquele que entende o trabalho como dever e /ou direito/ moralmente ativo. Para o trabalhador, viver o Estado novo significa uma amálgama de todos esses elementos.
_________________________________________________________
¹ : CAPELLATO, Maria Helena Rolim. Multidões em Cena. Propaganda Política no Varguismo e no Peronismo. Campinas: Papirus, 1998. P.56.

Contando Histórias: Uma Apresentação

Aqui, disponho desse espaço, apenas para dar um aviso de que, junto aos textos da Thai e os meus, esporadicamente serão expostos aqui textos de um amigo meu, Leandro. Ele é estudante de História na Universidade de Brasília e procurava um local para divulgar alguns textos seus. Ofereci a ele um espaço aqui no blog e com o consentimento da Thai ele agora pode fazê-lo.

Espero que apreciem os textos.

Todos os textos aqui divulgados com o rótulo de autoria do Leandro terão por título "Contando Histórias" e serão enumerados.

Enfim,
Agradeço o tempo de todos e boa leitura!

Abraços
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Clavedelua. Tecnologia do Blogger.