Organizar o tempo... Nossa, sou horrível nisso. Para começar, sou atrasada por natureza. Recordo-me de inúmeras vezes que perdi o ônibus por atraso, cheguei no colégio descabelada com pijama por baixo do uniforme porque dormi demais e acordei sem tempo de nada, amigos ligando no meu telefone perguntando se eu já estava chegando, e outros casos que se eu for citar aqui, resultariam em outro post... De fato, sou ruim com horários. Confesso que já tentei mudar, já planejei formas de me organizar e assim, tornar-me uma pessoa pontual, porém, é difícil, parece que o mundo conspira contra a minha pontualidade. Meu pai vive dizendo para eu chegar antes do marcado, assim, imprevistos não me atrasariam, mas, poucas vezes eu consigo seguir esse conselho.
Uma vez eu li em um jornal sobre atrasos, a reportagem mencionava a cultura brasileira como principal culpada pelos comuns atrasos ocorrentes nessa terra. Dizia também que os brasileiros, por cultura, costumam esperar os atrasados causando assim uma certa comodidade aqueles que nunca respeitam os horários. Realmente, de todos os atrasos que já protagonizei, pouquíssimos me esqueceram e partiram sem mim ou me excluiram, entretanto, também já esperei muitas pessoinhas durante essa minha vida e nunca os deixei na mão. Se há uma pessoa que não me espera por muito tempo, essa é a minha irmã, Kamila. Lembro-me, ainda criança, dela me dar um belo tchau e ir para casa da minha tia enquanto eu estava ainda tomando banho. Logo fui aprendendo a respeitar um pouco mais os horários quando se tratava dela, afinal, não é nada divertido perder uma saída por atraso.
Outro fator que influência é a tecnologia. Se pensarmos bem, antigamente, não havia celulares. Se você demorasse uma hora para chegar em um compromisso, provavelmente a pessoa que esperou durante esse tempo já teria ido embora imaginando que você tivesse esquecido do encontro. Hoje em dia, as coisas mudaram. Durante essa uma hora de espera acontecem várias ligações informando a quem espera onde o atrasado se encontra no momento. Claro que tem as mentirinhas ainda, como por exemplo, o velho e muito usado "Estou chegando". Ahh, atire o primeiro relógio quem nunca usou essa frase. O telefone toca e do outro lado da linha há a voz do meu ái perguntando a que horas voltarei para casa, respondo logo um "estou chegando" independente do lugar que eu esteja. O engraçado é que o "chegando" é relativo, depende da opinião da pessoa. Posso dizer que estou chegando em Espírito Santo enquanto passo por Minas Gerais, logo, não menti, só que o meu "chegando" se altera dependendo do contexto.
O pior disso tudo é que o tempo é um bem precioso. O tempo que alguém aguarda outra pessoa em um ponto marcado poderia ser usado em outras coisas. A vida é o agora e passar o agora esperando algo/alguém é triste. O tempo que eu passo em uma parada de ônibus esperando aquele bendito veículo atrasado poderia ser utilizado com outras situações.A hora que gasto esperando minha amiga para irmos no cinema poderia ser gasta lanchando e conversando na porta do cinema antes do filme.
Entre atrasos e atrasos consta o atraso na entrega dos prédios da UnB do Campus do Gama. A previsão da primeira entrega do prédio era para março de 2008. Nessa data eu estava começando o meu segundo ano do segundo grau sem nem me preocupar com a faculdade. Hoje, dezembro de 2010, estou terminando o meu segundo semestre da faculdade aguardando essas obras. No fim, são mais de dois anos de atraso.Lamentável.
De atrasos longos e atrasos curtos, atrasos inapropriados e atrasos já previstos, atrasar é normal. Só não se atrase para viver, o tempo é impaciente, não costuma esperar por ninguém... Falando em atrasos, é melhor eu ir indo...
^^
2 comentários:
"Ahh, atire o primeiro relógio quem nunca usou essa frase".
ahushaushasuhasuahs'
Booooooooooa!
Hehehehehehe
Já usei demais essa frasinha ai!
HEhehehe
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